Canonizações: “A santidade não se faz de alguns gestos heroicos, mas de muito amor diário”

O Papa proclamou como santos o francês Carlos de Foucauld, dois mártires e sete fundadores e fundadoras de Institutos de Vida Consagrada, numa Missa que marcou o regresso destas celebrações ao Vaticano, após as restrições da pandemia. Na homilia, Francisco destacou que “a santidade não se faz de alguns gestos heroicos, mas de muito amor diário”.

“Às vezes, insistindo muito sobre o nosso esforço para praticar boas obras, criamos um ideal de santidade demasiado fundado em nós mesmos, no heroísmo pessoal, na capacidade de renúncia, nos sacrifícios feitos para se conquistar um prémio”, advertiu. “Deste modo fizemos da santidade uma meta inacessível, separamo-la da vida de todos os dias, em vez de a procurar e abraçar na existência quotidiana, no pó da estrada, nas aflições da vida concreta e – como dizia Santa Teresa de Ávila às suas irmãs – «entre as panelas da cozinha»”.

O Papa afirmou aos presentes que “ser discípulo de Jesus e caminhar pela via da santidade é, antes de mais nada, deixar-se transfigurar pela força do amor de Deus”.

Os nomes dos beatos Tito Brandsma, Lázaro dito ‘Devasahayam’, César de Bus, Luís Maria Palazzolo, Justino Maria Russolillo, Carlos de Foucauld, Maria Rivier, Maria Francisca de Jesus Rubatto, Maria de Jesus Santocanale e Maria Domingas Mantovani foram inscritos no Álbum dos Santos.

Carlos de Foucauld ficou conhecido como o “irmão universal” pela sua vivência como monge eremita, no deserto, em respeito pelas outras religiões, foi morto aos 58 anos, por um grupo armado no Saara argelino, a 1 de dezembro de 1916.

Na homilia Francisco citou a exortação Gaudete et exsultate, sobre a santidade, para deixar conselhos concretos aos católicos, nas suas várias situações de vida. “És um trabalhador? Sê santo, cumprindo com honestidade e competência o teu trabalho ao serviço dos irmãos, lutando pela justiça dos teus companheiros, para que não fiquem sem trabalho e tenham sempre o salário justo”, recomendou o pontífice.

Texto: Agência Ecclesia

Publicado no Boletim Salesiano n.º 593 de julho/agosto de 2022

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