Capítulo Provincial: os Leigos

Na carta convocatória do CG28, que vai decorrer em 2020, o Reitor-Mor aposta na colaboração entrosada e partilhada entre salesianos e leigos.

Talvez pareça estranho afirmar que a empatia é uma qualidade facilitadora de laços de relação pessoal e profissional com chefias, subalternos e colegas. Mas é verdade.

À medida que o tempo passa as pessoas tendem a ficar menos tudo: menos abertas a novas experiências, menos extrovertidas, menos capazes de apostar em novos caminhos e sobretudo menos informadas em relação às novas tecnologias do mundo de hoje. E esse fator é decisivo no afastamento afetivo e intelectual de quem dirige ou colabora com outros e se sente menos capaz pelo facto de não possuir as mesmas competências de trabalho.

Ora é aqui que se joga a virtude da empatia. Dom Bosco idealizou um projeto de santidade na virtude da amabilidade porque esta tem potencial para desenvolver relações humanas genuínas e sérias.

Se o ambiente da ação educativa é impermeabilizado por atitudes fechadas e insonorizado com resistências permanentes mantendo-se modelos de gestão que, na palavra do Reitor-Mor, tornam os salesianos “patrões e proprietários”, então a empatia é inexistente e não se realiza a construção de um espaço compatível com as exigências educacionais de hoje.

O RM, na Carta convocatória do CG28, aposta na colaboração entrosada e partilhada entre salesianos e leigos, afirmando: “O facto de centenas de milhares de leigos participarem agora nas presenças salesianas em todo o mundo, requer do Salesiano uma nova abertura de mente e de coração. Só compartilhando a missão poderemos dar as melhores respostas aos jovens de hoje e de amanhã”. E ainda: “O Salesiano deve permanecer aberto às mudanças, buscando soluções novas e dialogando sem se fechar, disposto a aprender a novidade”.

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Temos de continuar a história, esta extraordinária história, começada por Dom Bosco e continuada hoje por todos os seguidores deste santo invulgar. Será sempre através de mulheres e de homens apaixonados pela educação que havemos de entregar às gerações futuras o precioso legado que Dom Bosco nos deixou como um autêntico caudal de vida.

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