A missão educativa e pastoral dos Salesianos da Ucrânia continua após mais de 3 anos e meio de guerra. No início do novo ano escolar, foi inaugurada na cidade ucraniana de Zaporizia a nova Escola Católica Dom Bosco.
A nova Escola Dom Bosco é um espaço seguro e inovador, e uma casa salesiana que garante educação de qualidade e esperança para as crianças que, mesmo no meio da guerra, querem continuar a aprender e a crescer juntas. O Bispo do Exarcado Greco-Católico de Donetsk, D. Maxim Ryabukha, Salesiano de Dom Bosco, abençoou os alunos, os professores e os pais, e desejou a todos um feliz e próspero ano letivo.
Os salesianos continuam a sua missão educativa e pastoral na Ucrânia, mesmo depois de mais de 3 anos e meio de guerra. Desde a invasão russa, muitas escolas foram danificadas ou destruídas.
Ao Vatican News, o sacerdote salesiano e capelão militar Pe. Oleh Ladnyuk, que também dá aulas de história numa escola secundária em Dnipro, no leste do país, descreve a situação. Para as crianças ucranianas, a oportunidade de ir à escola, presencialmente, ainda é um privilégio. Muitos alunos acompanham as aulas online, destes muitos encontram-se fora da Ucrânia. Outras escolas adaptaram-se criando salas subterrâneas. Até ao final do ano deverão ser inauguradas 150 escolas subterrâneas. O salesiano recordou a alegria de ver os seus alunos no início do ano, apesar dos traumas da guerra. “Durante uma lição, quando a sirene de ataque aéreo toca, todos os alunos já sabem o que fazer: descem aos abrigos sem caos ou pânico. Por um lado, é positivo que tenham se adaptado a circunstâncias como estas, mas, por outro, é triste que tenham que se adaptar à guerra”.
Rotinas diárias feitas de medo e de coragem
Também num testemunho recente publicado pela Agência de Notícias Salesiana, o Provincial da presença salesiana na Ucrânia, Pe. Mykhaylo Chaban refere que alunos e professores se adaptaram à realidade. À equipa da Procuradoria Missionária Salesiana “Missioni Don Bosco”, o Pe. Chaban relata uma “rotina diária feita também de dificuldades e medo, certamente, mas, acima de tudo, de empenho, dedicação, tenacidade, resiliência, dignidade, esperança”.
“Temos centros pós-escolares, uma casa de família, atividades desportivas para crianças e para pessoas que sofreram amputações devido à guerra. Queremos fazer tudo o que for possível para proporcionar a estas crianças e a estes jovens momentos de alegria e felicidade, mesmo que a guerra nos limite muito, mas procuramos garantir a segurança de todos os nossos residentes, acima de tudo”.
