Luanco, Espanha: Reitor-Mor celebra a primeira missa como Cardeal na sua cidade natal

No dia de Todos os Santos, 1 de novembro, o Reitor-Mor dos Salesianos, Cardeal D. Ángel Fernández Artime, celebrou a primeira Missa na sua terra natal depois da nomeação ao cardinalato. Luanco, nas Astúrias, Espanha, viveu um dia histórico.

Desde a sua ordenação sacerdotal em 1987, os habitantes de Luanco e de outras povoações próximas estavam habituados a ter Missas celebradas pelo Pe. Ángel Fernández Artime, mas esta ocasião foi especial, com a bandeira do Vaticano com o brasão do novo Cardeal hasteada na fachada da torre da Igreja de Santa Maria de Luanco.

Os sinos tocaram ao meio-dia, anunciando a celebração da primeira Missa do Cardeal D. Ángel Fernández Artime na sua terra natal, onde dezenas de paroquianos e vizinhos o aguardavam, bem como o autarca e alguns vereadores. A igreja estava repleta de fiéis, todos moradores da região.

No início da Eucaristia, o pároco, Pe. José Antonio Alonso, declarou: “Te acolhemos aqui, e percebemos que continuas sendo o mesmo de sempre, embora agora com uma visão diferente de Deus, que quis colocar uma nova responsabilidade sobre os teus ombros. Estamos felizes pela tua disponibilidade. Rezamos para que o Santo Padre possa contar contigo para as tarefas que julgar oportunas”.

O Cardeal Fernández Artime respondeu: “Quero agradecer por sempre me sentir acolhido com muito carinho por todos vós e prometo que, embora ter um Cardeal na Paróquia possa ser um pouco incómodo – disse entre risos da assembleia –, podeis sempre contar com a ajuda de um sacerdote que aqui está em casa, entre o seu povo, colocando-me à disposição para tudo o que me pedirdes”.

Em seguida, durante a homilia, o Reitor-Mor agradeceu ao povo de Luanco por estar presente na solenidade da sua pequena cidade, na mesma igreja onde foi batizado e onde cresceu na Fé. Explicou os elementos de seu brasão: o Bom Pastor, Maria Auxiliadora e a âncora, em referência à natureza marítima da cidade e ao brasão salesiano, que também a contém.

Ao explicar em que consiste ser Cardeal, o X Sucessor de Dom Bosco quis esclarecer: “As pessoas comuns consideram isso uma honra. Mas Jesus não falava de honras, ele indicava o serviço, a proximidade aos mais pobres, aos descartados… Eu sou o mesmo de sempre, o menino que cresceu em Luanco, e considero este pedido do Papa como uma oportunidade de servir, de ajudar, da maneira que puder, e onde for solicitado. Caso contrário, seria outra coisa, que não combina comigo; e o Papa sabe muito bem disso… Aproveito para lembrar-vos que devemos continuar a pedir a Deus que continue a ajudar o Papa”.

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Por ocasião da festividade, D. Ángel referiu os Santos canonizados, a união deles com Deus, a sua mediação, e aos outros santos. E, por fim, disse, na habitual e amigável maneira: “Eu vos ameaço que voltarei (sorrisos)… trajando vermelho ou não; eu voltarei, porque as raízes são muito importantes para a harmonia e a vida das pessoas”.

Após a Celebração, muitos não queriam deixar a igreja e, no pátio, mostravam sinais de alegria e afeto. Foi, sem dúvida, um dia muito importante para os habitantes locais, que estavam felizes e orgulhosos por ter “o seu cardeal”. Entre as muitas mensagens e considerações partilhadas por todos, uma foi repetida várias vezes: “Continua a ser o mesmo de sempre!”.

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