Jornada Mundial da Juventude: Não há duas JMJ iguais

António Matos, animador da Pastoral dos Salesianos de Lisboa, partilha o seu testemunho como voluntário da JMJ no Panamá.

“Não há duas JMJ iguais”. Esta é uma afirmação comum entre aqueles que já viveram mais que uma jornada. Se a experiência de peregrino em duas anteriores Jornadas me poderia levar a fazer esta afirmação, o facto da JMJ 2019 ter sido vivida como voluntário, tornou-a especialmente diferente. Mais que fazer um relato de uma experiência, gostaria de partilhar 3 verbos: estar, adaptar e centrar.

“Estar” com o coração inteiro em cada coisa, principalmente as mais pequenas. Muitas vezes não foi fácil estar. Quer porque a mente me levava para outro lado quer porque a realidade ou o trabalho que tinha perante mim levavam o coração a querer fugir. O convite a amar que Jesus nos faz implica sempre uma sabedoria do “estar com”.

O segundo verbo foi “adaptar”. Como voluntário foi preciso adaptar-me à cultura, à organização e ao país que me acolhia.

O último verbo é o verbo “centrar”. No Panamá vi, no meio de tudo, corações centrados n’Aquele que realmente é essencial. Numa confiança, que por vezes parecia exagero, ouvi muitas vezes palavras como “Deus primeiro”, ou “isto é de Deus, não é nosso”. Esta atitude juntamente com a procura de um ritmo orante, como por exemplo a oração do Ângelus em cada dia, foram sendo testemunho de um povo e uma organização que, com as suas potencialidades e debilidades, procurava viver com o coração centrado n’O único que dá sentido a uma Jornada Mundial da Juventude.

Do Panamá trouxe também um coração alegre por ter sentido e tocado a Igreja, na sua comunhão. A Igreja portadora de um tesouro, por vezes difícil de entender, que é a sua unidade e diversidade, que não se anulam mas que se aumentam uma à outra.

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