10 anos de pontificado do Papa Francisco

Foi há dez anos, a 13 de março de 2013, que o mundo ficou a conhecer o novo Papa. Francisco escolheu como modelo o Santo de Assis, “o homem da pobreza, o homem da paz, o homem que ama e preserva a criação” como explicou. Com essa escolha, Francisco prometeu um pontificado dedicado aos mais pobres.

«Ah, como eu queria uma Igreja pobre e para os pobres!», afirmou numa conversa com os jornalistas nos primeiros dias após a sua eleição. E a imagem de Francisco tem sido consistentemente essa. Próximo dos pobres, dos marginalizados, das periferias.

Instituiu em 2016 o Dia Mundial dos Pobres. Dentro do Vaticano multiplicou as ações de solidariedade com a criação de serviços para os sem-abrigo de Roma. Elevou a Esmolaria Vaticana a Dicastério para o Serviço da Caridade.

Escolheu como primeira viagem visitar a ilha de Lampedusa, denunciando o drama dos mortos e dos naufrágios de barcos sobrelotados de migrantes no mar Mediterrâneo. E, desde então, Francisco não tem permitido que a questão dos migrantes e dos refugiados seja esquecida, com intervenções frequentes pela defesa dos seus direitos e da sua dignidade.

O seu pontificado ficará certamente marcado pelas suas Encíclicas Laudato si’, sobre as alterações climáticas, e Fratelli tutti, sobre a fraternidade e a amizade social. Numa e noutra, Francisco denuncia uma “economia que mata” e defende a necessidade de mudança dos modelos económicos que não destruam o homem e o planeta. Em 2019, inspirado mais uma vez em São Francisco de Assis, convocou jovens empreendedores e economistas numa iniciativa inédita, o movimento Economia de Francisco, para pensar uma economia alternativa.

Nos anos do seu pontificado, face ao contexto mundial de tensões e das guerras na Síria, no Iémen, em vários países africanos e na Ucrânia, lembra a humanidade que está a autodestruir-se. A sua voz tem-se ouvido em inúmeras ocasiões para condenar a violência, pedir o fim do armamento nuclear e apelar ao diálogo.

Os últimos anos, marcados pela pandemia e pela guerra na Europa, demonstram como a humanidade deve caminhar no sentido de ser mais solidária e fraterna. Francisco tem sido um defensor da paz e do diálogo, da fraternidade e da justiça social e fonte de inspiração para milhões de pessoas em todo o mundo a construir um mundo mais justo e equitativo.

No bicentenário do nascimento de São João Bosco, o Papa Francisco participou nas celebrações na Basílica de Nossa Senhora Auxiliadora, 21 de junho de 2015
Em agosto o Papa Francisco visitará Portugal para a Jornada Mundial da Juventude. Durante a viagem vai visitar o Santuário de Nossa Senhora de Fátima pela segunda vez. A primeira foi em 2017, no centenário das Aparições, quando canonizou Francisco e Jacinta Marto Fotografia: Pedro Mestre
Francisco reza sozinho na Praça de São Pedro, 27 de março de 2020
Assinatura Encíclica Fratelli tutti em Assis, 3 de outubro de 2020
Encontro Mundial das Famílias, 22 de junho de 2022
Consagração da humanidade ao Imaculado Coração de Maria diante da imagem de Nossa Senhora de Fátima, invocando a paz, particularmente na Ucrânia e Rússia. A consagração decorreu ao mesmo tempo na Cova da Iria, onde o esmoler pontifício, Cardeal Konrad Krajewski, presidiu à recitação do Rosário, 28 de março de 2022
Audiências Gerais na Praça de São Pedro

Fotografias: Vatican Media

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