Tito Zeman nasceu na Bratislava (Eslováquia), a 4 de janeiro de 1915. Aos 10 anos é curado por intercessão de Nossa Senhora e promete-lhe, “ser seu filho para sempre” e ser sacerdote salesiano. Em 1940, e depois de enfrentar a oposição da sua família, Tito realizou o seu sonho. A sua história é um bom exemplo de fidelidade à causa de D. Bosco, em especial, através do zelo e do amor para salvar a vocação dos jovens salesianos, quando se deu, na Eslováquia, a instauração do regime comunista.
Tito Zeman nasceu numa família cristã, em Vajnory, perto de Bratislava. Desde os seus 10 anos que o seu maior sonho é tornar-se sacerdote. Fez os seus estudos básicos e secundários nas casas salesianas de Sastín, Hronsky Svaty Benadik e em Frstak u Holesova e, em 1931 iniciou o noviciado, tendo feito a profissão religiosa em 1938. À família pedira para vender um campo a fim de poder pagar seus estudos, e acrescentara: “Se tivesse morrido, encontrariam o dinheiro para o meu funeral”. Em 1940 realiza o sonho de se tornar sacerdote.
Quando o regime comunista se instaura na Checoslováquia e persegue a Igreja, vetando as ordens religiosas, o padre Zeman não se encontrava na paróquia diocesana de Senkvice e, assim, evitou a detenção. Zeman decidiu ajudar muitos seminaristas a fugir ao regime, preparando a sua passagem clandestina através da fronteira entre a Eslováquia e a Áustria. Após duas passagens com sucesso, a terceira expedição falhou. Seguidamente, o padre Zeman enfrentou dez meses de detenção preventiva, com pesadas torturas. Sofrerá, depois, 12 anos de prisão e quase cinco anos de liberdade condicional.
Em 1952, o Procurador Geral acusa-o de espionagem, de alta traição e travessia ilegal das fronteiras, sentenciando-o com a pena de morte. Contudo, a 22 de fevereiro de 1952 foi condenado a 25 anos de cadeia incondicional. Saiu da prisão, em liberdade condicional, depois de quase 13 anos de reclusão, mas com a sua saúde bastante comprometida.
Nos cinco anos que se seguiram trabalhou como operário num negócio de produtos têxteis e depois como armazenista.
O seu martírio foi fruto de uma heroica “caridade pastoral”. Tito considerou tão precioso o dom do seu chamamento que, mesmo quando facilmente poderia pôr-se a salvo, preferiu permanecer fiel. É o paradoxo do Evangelho: “quem quiser salvar sua vida perdê-la-á; e quem perder sua vida por causa de mim encontrá-la-á” (Mt 16,25).
Faleceu a 8 de janeiro de 1969, depois de 13 anos impedido de desenvolver, plenamente, a vocação sacerdotal e educativa.