Congresso Internacional de Obras e Serviços Sociais Salesianos reúne mais de 300 delegados

Mais de 300 delegados salesianos, leigos e consagrados, juntaram-se para o Congresso Internacional de Obras e Serviços Sociais Salesianos. O local escolhido para a realização do encontro foi o Teatro Grande Valdocco, no coração carismático da Congregação em Valdocco, Turim.

O evento foi coordenado pelo Dicastério da Pastoral Juvenil Salesiana e contou com a participação de uma delegação de cada uma das 91 circunscrições salesianas dos 134 países do mundo, num total de cerca de 300 participantes, leigos e consagrados.

Nos três primeiros dias, três palestras centrais tiveram como oradores o Cardeal Rodríguez Maradiaga o Pe. Michal Vojtas, vice-reitor da Universidade Pontifícia Salesiana, e Carlos Ballesteros, da Universidade Pontíficia de Comillas, de Madrid. O programa do congresso incluiu minicursos sobre o trabalho dos salesianos com jovens necessitados e a apresentação de algumas obras e serviços sociais salesianos em vários países com presença salesiana. Os trabalhos incluíram também momentos mais espirituais, com a celebração da Eucaristia, de partilha e de aprofundamento de outros temas específicos, e também trabalho por regiões ou continentes.

A primeira conferência do congresso foi dedicada à atualidade da doutrina social da Igreja, ao papel das obras e dos serviços sociais salesianos e à questão do desenvolvimento humano integral. O orador, o Cardeal salesiano Óscar Maradiaga, analisou alguns pontos ao longo da conferência com relação ao pontificado do Papa Francisco, nomeadamente as duas Cartas Encíclicas Laudato si’ e Fratelli tutti. O Arcebispo de Tegucigalpa, Coordenador do Conselho de Cardeais e antigo presidente da Cáritas Internacional (cargo que ocupou entre 2007 e 2015), relacionou ainda na sua palestra direitos humanos, solidariedade, ética, migrações, paz, liberdade religiosa e desenvolvimento. A visão da política como serviço e a defesa da necessidade de regulamentação dos sistemas económicos foram igualmente abordados pelo cardeal das Honduras. No final convidou a retomar os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. “A Família Salesiana tem, aqui [nestes acordos], um horizonte muito amplo para as obras e serviços sociais salesianos”, defendeu.

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O Reitor-Mor, Pe. Ángel Fernández Artime, dirigiu o Fórum Juvenil com a participação de vários jovens com o foco no papel dos antigos alunos salesianos no trabalho social.

No segundo dia, o Pe. Michal Vojtas, vice-reitor da Universidade Pontifícia Salesiana, apresentou a palestra “As mudanças da dimensão social na educação e na pedagogia salesianas”.

Ao terceiro dia, Carlos Ballesteros apresentou a conferência “A pegada que deixamos. Desafios e oportunidades para medir o impacto que geramos”.

Os minicursos apresentados durante o congresso abordaram:

  • Acompanhamento espiritual de jovens em risco;
  • Construir o Projeto Educativo-Pastoral Salesiano das obras sociais a partir da Palavra de Deus, do Magistério da Igreja e da Tradição Salesiana;
  • Direitos humanos, sistema preventivo e modelos de intervenção social;
  • Significância e sustentabilidade do trabalho social: o quadro da pastoral juvenil em relação aos sistemas de qualidade e gestão integrada;
  • Evangelização e mobilidade humana (migrantes, refugiados e pessoas deslocadas);
  • A contribuição da identidade cristã e salesiana na construção de políticas públicas, a participação em fóruns locais e internacionais e a mobilidade social;
  • A medição do impacto nas obras sociais;
  • Voluntariado e inovação social;
  • Gestão social: trabalho em rede com Procuradorias e Organizações Não-Governamentais, participação em associações internacionais, captação de recursos;
  • Carisma salesiano: cooperação para o desenvolvimento, animação, defesa política, Metas de Desenvolvimento, fóruns da Organização das Nações Unidas e da União Europeia;
  • Formação profissional, empregabilidade e relações interinstitucionais;
  • Tecnologias aplicadas à intervenção social.

As boas práticas, isto é, obras e serviços sociais salesianos que se destacam, também foram apresentadas no congresso, com exemplos de trabalho com jovens de rua e reabilitação; jovens em conflito com a lei; migrantes e refugiados; serviços alternativos, como o “Circo social”; ambientes populares; mulheres, famílias e povos indígenas; redes e desenvolvimento institucional; interculturalidade e conflito; e cooperação para o desenvolvimento. Os Serviços Sociais Salesianos SolSal de Lisboa e de Manique estiveram presentes no congresso.

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