8 e 9 de outubro
Celebrar o Jubileu da Vida Consagrada é reconhecer a presença silenciosa, fiel e transformadora de homens e mulheres que, entregando-se totalmente a Deus, são sinal vivo do seu amor no mundo. É um tempo de gratidão pela diversidade de carismas que enriquecem a Igreja e a sociedade, um tempo para reavivar o dom da vocação e renovar o compromisso de seguir Cristo mais de perto, na escuta da Palavra, na oração, na partilha e no serviço. Este Jubileu é também um apelo à esperança: num tempo marcado por tantas incertezas, a vida consagrada continua a ser farol de sentido, fraternidade e profecia. Esperança, porque a vida consagrada continua a ser sinal profético num mundo ansioso de sentido e de Deus. Celebrar este jubileu é escutar de novo o chamamento do Espírito, que continua a suscitar carismas e a enviar para as periferias do coração humano.
O Jubileu da Vida Consagrada é, acima de tudo, uma celebração de fidelidade: a fidelidade de Deus que chama, sustenta e acompanha; e a fidelidade da pessoa consagrada que, com todas as fragilidades humanas, procura responder com generosidade ao amor divino. É um tempo para parar, olhar para trás com gratidão, viver o presente com intensidade e olhar para o futuro com esperança. Cada jubileu traz consigo a memória de um caminho percorrido com passos de fé, esperança e caridade. Não foi sempre fácil, não foi sempre claro, mas foi sempre guiado por uma presença silenciosa e amorosa que nunca falhou. Deus esteve sempre lá — nas alegrias e nas lágrimas, nos sucessos e nas provações.
Neste Jubileu da Vida Consagrada, somos convidados a renovar a nossa gratidão, a nossa esperança e a nossa fidelidade. Que cada consagrado e consagrada redescubra a alegria do primeiro “sim” e reavive a chama da vocação com novo ardor. Que a Igreja continue a apoiar e valorizar este dom precioso. E que o mundo possa ver, através do testemunho dos consagrados, que só Deus basta, e que n’Ele está a verdadeira liberdade, paz e plenitude.
Que este jubileu seja, para cada consagrado e para toda a Igreja, um hino de louvor Àquele que faz novas todas as coisas. Que esta celebração fortaleça o entusiasmo missionário de todos os consagrados e consagradas, e desperte no coração dos jovens o desejo de responder ao chamamento de Deus com coragem e alegria.
Pe. Samora Marcel, sdb