Decorreu no dia 31 de maio nos Salesianos de Lisboa a Festa de Finalistas 2024/2025. A celebração contou com a presença do Núncio Apostólico, D. Ivo Scapolo, que presidiu à Eucaristia. Catarina Almeida, aluna finalista dos Salesianos de Lisboa, escreveu o testemunho sobre a festa, o jantar e o baile de gala. O texto celebra a memória dos anos de escola, de aprendizagens, de amizades, de alegria e de crescimento.
«Tiramos fotografias, porque queremos congelar um momento no tempo. Fazemos vídeos, porque temos medo de que aquela memória de um instante feliz nos abandone. Mas escrevemos porque colocar por palavras aquilo que só o coração sabe sentir e expressar num batimento acelerado, materializa as emoções que nos fazem viver. Por isso, depois de uma galeria repleta de fotografias e vídeos de um acontecimento tão especial, é agora altura de, em simples e belas palavras, condensar um dia que de simples teve pouco, mas que de belo sobejou.
A igreja que nos viu crescer, nunca antes esteve tão repleta de pessoas que nos viram crescer, em cujos rostos o sorriso nostálgico de puro orgulho não se conseguia esconder. Foi num cortejo ao som do canto de violinos que os olhares dos finalistas se cruzaram com os olhos baços de comoção de tantos que nos são queridos. Depois de um momento solene de celebração, entrega de símbolos que nos representam e um emotivo discurso que condensou tantos anos de memórias, fomos abraçados, à saída, por um sol que também se despedia.
Há algo de singular na circularidade de alguns momentos da nossa vida, e terminar o secundário no pátio que nos recebeu tem um simbolismo que não passa despercebido. Assim, após reencontros, abraços e petiscos, fomos encaminhados para um adro de poesia, que ditou a métrica de um jantar único. Cada mesa de partilha era um poema em construção, em sintonia com as inúmeras fotografias que passavam, representando versos escritos com um traço indelével. No calor do momento, cada discurso foi uma ode ao nosso percurso, tocando o coração de todos e de cada um lá presente. No fim da refeição, à luz dos candelabros, seguiu-se a entrega dos diplomas e de pequenas lembranças de um lugar especial. Ouvir o nome de cada um dos finalistas é a prova de que deixamos um pouco de nós por onde passamos e, naquela noite, entre as quatros paredes daquele pavilhão, o nosso nome ouviu-se, ecoando por quanto tempo a memória permitir.
Retornando de novo ao pátio azul, aguardava-nos uma multidão ansiosa de pais e filhas, mães e filhos, com flores na lapela e no pulso, preparados para eternizar um paço de dança em compassos ternários. Com um escasso metro quadrado para cada parelha rodopiar, sorrisos e olhares cúmplices foram trocados e a valsa de abertura da pista de dança foi de cada par. Por fim, esperava-nos uma noite memorável, resumida em dançar, saltar e cantar, a festiva trindade de qualquer evento.
Já com os pés doridos e as gravatas soltas, a madrugada chegou num compasso sereno, anunciando o fim deste baile intenso e imortalizado no coração. Assim, quero deixar um agradecimento especial à equipa de manutenção e auxiliares por tornarem a nossa escola um lugar de festa, aperaltando este lugar mais do que os finalistas a si próprios. Queridos professores, este dia provou que a vossa presença é constante e necessária, fazendo com que este evento pudesse ser um último reencontro – a vocês, um sincero e cheio obrigada. Por último, agradeço a todas as famílias que, transbordando de orgulho, fazem parte destes dias especiais e nos veem alcançar os nossos sonhos. Termino assim a tríade da imortalização dos momentos, guardadas as fotografias, feitos os vídeos e transpostos os sentimentos para palavras. Até já, Salesianos!»
