Igreja: Homenagem ao Sr. Núncio Apostólico nos 50 anos de sacerdócio

Convidados do Corpo Diplomático, autoridades religiosas, militares e académicas estiveram presentes na homenagem promovida pela Nunciatura Apostólica no dia 11 de julho de 2018.

D. Rino Passigato, uma vida plena de benemerências: 50 anos de sacerdócio, 26 de episcopado e 45 de carreira diplomática ao serviço da Santa Sé. A sua ação sacerdotal e diplomática desenvolveu-se nos mais diversos espaços geográficos, culturais e religiosos. Cumpriu missão nas Representações Pontifícias nos Camarões, na Austrália, no Egito, na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos da América. Como Núncio Apostólico desenvolveu intensa atividade diplomática no Burundi, Bolívia, Peru e, nos últimos anos, em Portugal.

O Papa, segundo o Código do Direito Canónico, tem o direito de nomear Delegados seus junto das Igrejas particulares, bem como dos Estados e autoridades políticas. Esse direito foi reconhecido no Congresso de Viena (1815), que também decidiu que o Núncio é considerado decano do corpo diplomático acreditado no País.

D. Rino Passigato é Núncio Apostólico em Portugal desde o dia 11 de novembro de 2008, data em que apresentou as Cartas Credenciais ao então Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.

A diplomacia assenta admiravelmente bem em quem, um dia, se deixou seduzir pelo chamamento de Cristo.

A diplomacia, na sua essência, é constituída por momentos de silêncio, discrição e disponibilidade, tal como o ministério sacerdotal cuja essência se pode considerar como algo de imaterial, que se prende com este mesmo conjunto de relações: presença, entrega, diálogo, respeito.

Quem tem o privilégio de colaborar de perto com D. Rino Passigato percebe que este já longo percurso sacerdotal e diplomático lhe deu uma experiência de vida e de sabedoria que lhe confere uma esclarecida visão do mundo e da intrincada problemática que o poder gera e com a qual se confronta.

Leia também  Padre Provincial visita Mogofores

É esta sabedoria, mais bíblica e profética do que diplomática e mundana, que o torna um mestre do espírito capaz de atravessar a opacidade e as contradições de cada momento com a mesma lucidez e humildade de quem sabe contemplar a arte como expressão da arquitetura divina.  

Artigos Relacionados