Duzentos e vinte e cinco talentosos salesianos, reunidos em Valdocco, vindos da maior parte dos 133 países, onde os consagrados de Dom Bosco se instalaram, para estudar como acudir à vida dos jovens, sobretudo daqueles cujas necessidades básicas não são satisfeitas pelas circunstâncias da guerra, da pobreza e do abandono a que são votados.
Havia um trabalho árduo a fazer neste Capítulo, e que os comunicados diários transmitiam, que era passar do apego narcisista de que as obras e a ação desenvolvidas se encontram plenamente na linha carismática do Fundador e, que portanto, assim devem continuar ou, pelo contrário, aceitar a hospitalidade da vida como ela se nos assoma, sem mentira e sem ilusão, o que requeria de todos os membros capitulares um amor muito mais rico, nobre e leal.
Esse foi, em grande medida, um trabalho de “luto”, um caminho de depuração, sem renunciar à complexidade da existência de cerca de 14 mil consagrados salesianos que em todas as áreas do saber humano lecionam nas cátedras das Universidades mundiais, trabalham em centenas de espaços de missões, as mais longínquas, periféricas e tribais, colaboram em estúdios multimédia de nível tecnológico avançado, e dão o melhor de si no meio de milhares de jovens nas Escolas, Centros Juvenis ou Oratórios. E tudo isto visto à luz da verdade íntima do coração, sem renunciar à complexidade da própria existência, mas aceitando que não se pode estagnar naquilo que está bem porque a luta de um ideal é sempre exigente, é de cada momento histórico, e fruto da vontade de querer ir sempre mais além.
A vida é o que permanece, apesar de tudo: a vida embaciada, minúscula, mas preciosa como nenhuma outra coisa. O tesouro inesgotável que nos foi legado é a vida de amor aos jovens que Dom Bosco deixou e que o CG29 confirmou.
Publicado no Boletim Salesiano n.º 609 de maio/junho de 2025
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