Artémides Zatti: “Um santo de excepcional bondade”

O Conselheiro Geral para a Comunicação Social, Pe. Gildásio Mendes, divulgou alguns pormenores da cobertura mediática que a Congregação Salesiana está a fazer sobre a canonização de Artémides Zatti. “Um santo de excepcional bondade”, afirma o responsável salesiano.

Num comunicado, o responsável pede a todos os salesianos e províncias salesianas a divulgação da figura de Artémides Zatti, salesiano coadjutor, que vai ser canonizado pelo Papa Francisco no dia 9 de outubro próximo. “É essencial, ainda, destacar que ele é o primeiro santo da Congregação salesiana, não mártir, mas um santo de excepcional bondade”, escreveu o Pe. Gildásio Mendes.

“Zatti representa a beleza e a atualidade da vocação de cada coadjutor de nossas inspetorias”, referiu ainda.

O Dicastério da Comunicação está a preparar um press kit para apoio à divulgação.  

Artémides Zatti nasceu no dia 12 de outubro de 1880 em Boretto, província de Reggio Emilia, em Itália. A sua família era pobre e os seus pais trabalhavam como arrendatários para outras famílias, porém, pressionados pela pobreza, decidiram emigrar para a Argentina. Chegaram a Bahía Blanca, no dia 13 de fevereiro de 1897, e foi nesta cidade que Artemides Zatti conheceu os Salesianos

Tinha 20 anos quando ingressou no aspirantado de Berbal, tendo sido aceite como aspirante por Dom João Cagliero. Queria ser sacerdote.

Percebeu que com a vocação de salesiano coadjutor poderia cumprir mais diretamente a promessa que tinha feito a Nossa Senhora. Provavelmente, como sacerdote não poderia doar-se de modo integral aos doentes, devido aos compromissos sacerdotais. Assim, em janeiro de 1908, fez os votos religiosos como salesiano coadjutor.

Zatti faleceu no dia 15 de março de 1951.

Foi um trabalhador incansável. No hospital foi administrador, cozinheiro, varredor e enfermeiro, sem nunca deixar de cumprir, com rigor, a vida religiosa comunitária. Quando os doentes não podiam deslocar-se ao hospital, Zatti ia ao seu encontro, numa bicicleta.

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Todas as manhãs, durante a sua visita aos pacientes no hospital, cumprimentava-os com boa disposição: “Bom dia. Viva Jesus, José e Maria. Todos respiram?” O humor e a atenção próxima a cada doente, dizia o salesiano, eram também os seus remédios.

O salesiano coadjutor foi realmente um bom samaritano. A sua compaixão e a sua presença alegre curavam, o seu testemunho de fé e esperança, o seu zelo apostólico aos doentes, e o seu amor a Jesus levaram este servo de Deus à sua beatificação.

A sua vida é recordada no filme “Zatti, nosso irmão”, que foi apresentado no 8.º Congresso Internacional de Maria Auxiliadora, em Buenos Aires, em 2019, e teve a antestreia durante o Capítulo Geral 28, em 2020.

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