Duarte Ricciardi: “O meu maior sonho é que a JMJ Lisboa 2023 seja sentida por todos como sua”

Duarte Ricciardi é o Secretário Executivo da Jornada Mundial da Juventude. Licenciado em Gestão, está a liderar a equipa que prepara o grande encontro de jovens com o Papa em Lisboa no próximo ano.

Foi nomeado Secretário Executivo da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Como se sentiu ao receber tal responsabilidade?

Senti-me em primeiro lugar muito surpreendido. Já estive em duas JMJ – Colónia e Madrid – e foram dois acontecimentos que me marcaram muito, em que me senti mais próximo de Jesus e da Igreja. Mas nunca tinha pensado muito sobre quem organizava. Passado o espanto, penso que, num misto de várias emoções, a que falou mais alto foi sentir-me muito abençoado. Por ter oportunidade de participar em algo tão grande, que fará bem a tanta gente e que será tão importante para o nosso País e para os jovens de todo o mundo.

Depreende-se que a escolha tenha que ver com ser jovem católico empenhado. Teve educação cristã? Família, escola, paróquia?

Desde pequeno tive educação cristã. Fui escuteiro e frequentei a catequese, mas sobretudo sempre tive em casa exemplos grandes de como viver a fé de forma prática e virada para os outros. E também fora de casa, nos meus grandes amigos, nos padres mais próximos, na minha mulher… pessoas que me aproximaram de Jesus pelos seus exemplos de vida. Sempre procurei viver a minha fé de forma prática, o que me levou a participar em grupos de voluntariado e missão. E é assim que vejo o meu trabalho aqui na JMJ.

A sua formação académica pesou na aceitação do cargo?

De certa forma sim. A minha formação e experiência em gestão dão-me algumas ferramentas que sinto que são importantes. Mas ainda melhor do que isso é o facto de saber que temos, na organização, uma equipa composta por pessoas muito competentes e com muita experiência em cada uma das áreas fundamentais para a organização (pastoral, comunicação, logística, acolhimento, etc.). Isso tranquiliza-me muito e dá-me confiança.

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Fez parte do grupo que foi a Roma receber os símbolos da JMJ numa cerimónia com o Papa Francisco. Quer contar as emoções vividas?

Acabou por ser uma cerimónia diferente do habitual, por causa da Covid-19: com menos jovens, menos festa, mas talvez um pouco mais íntima. Sentimos que estivemos muito próximos do Papa e que foi um momento muito privilegiado. Marcou-me também muito a homilia desse dia em que o Papa falou das obras da caridade e da forma como devemos viver a vida, que é aplicável também à forma como devemos pensar e preparar a JMJ. Com simplicidade e sentido de missão.

Os sentimentos que descreve são idênticos às declarações dos jovens que, em algumas dioceses, já receberam os símbolos. Diante deste entusiasmo qual é o seu maior sonho?

O meu maior sonho é que a JMJ Lisboa 2023 seja sentida por todos como sua. Que não seja um acontecimento organizado por algumas centenas de pessoas em Lisboa. A peregrinação dos símbolos pelas dioceses portuguesas ajuda muito nesse sentido, pondo as pessoas a trabalhar e a rezar em conjunto em torno da JMJ.

Acha que a JMJ vai deixar uma marca d’água na sociedade portuguesa?

Acredito mesmo que sim, em vários níveis. Além disso a própria cidade vai transformar-se com a JMJ.

Os jovens de outras “praias” estão interessados neste evento? Que mensagem gostaria de lhes deixar? Este evento é para todos os jovens de todas as “praias”. Independentemente se são cristãos, católicos, mais ou menos ativos, curiosos, se têm dúvidas, se acreditam noutra religião ou em nenhuma religião, todos os jovens são convidados a viver este acontecimento único. Será uma grande festa, um grande encontro entre jovens, com momentos de música, artes, desporto, cultura, com a presença do Papa Francisco, que é uma figura universal e fascinante. Será provavelmente uma oportunidade única na vida dos portugueses.

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Produtos oficiais da JMJ Lisboa 2023

Já estão à venda na loja oficial os produtos oficiais da Jornada Mundial da Juventude de Lisboa: terços, dezenas, fios-cruz, cruzes com base, pins, ímanes, fitas e novas versões das sweats, t-shirts e bonés. 

Fotografias: João Ramalho

Publicado no Boletim Salesiano n.º 591 de março/abril de 2022

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