S. Francisco de Sales: Para ler e refletir, para deixar repousar no coração

Reflexões de São Francisco de Sales, de Dom Bosco, do Papa Francisco e também alguma linha do que escreveu o Reitor-Mor, Pe. Ángel Fernández Artime. São escolhidos para que, repousando no coração, deem fruto na vida. 

  • A caridade e a doçura de São Francisco de Sales me guiem em tudo.
  • «Nada por força» é uma bela proposta, um convite a fazer dela uma regra preciosa da vida pessoal. 
  • Bispo tridentino, promotor da reforma católica, educado na luta contra a tibieza da fé, escolheu o caminho do coração e não o da força. E nada mais fez do que contemplar e viver a atitude de Deus. 
  • Deus age com força, não para forçar ou coagir, mas para atrair o coração, não para violentar, mas por amar a nossa liberdade.
  • Deus, como gostava de dizer Francisco de Sales, atrai-nos a si com a sua amável iniciativa, ora como vocação ou chamamento, ora como a voz de um amigo, como inspiração ou convite, ora como uma “prevenção” porque sempre se antecipa. Deus não se impõe: bate à nossa porta e espera que abramos. 
  • Não aceitamos que a educação possa ser feita sem um respeito sagrado pela liberdade de cada pessoa. Onde a liberdade da pessoa não é respeitada, Deus não está presente. 
  • A força da atração de Deus, poderosa, mas não violenta, está na doçura da sua atração. 
  • A mística salesiana, o amor a Deus de que falamos, longe de excluir o amor aos outros, exige-o. 
  • O ser humano, o jovem, cada pessoa, todos nós, trazemos inscritos no nosso ser a necessidade de Deus, o desejo de Deus, “a nostalgia de Deus”. 
  • Deus está presente e faz-se presente a cada pessoa nos momentos da sua vida que só Deus mesmo escolhe e da maneira que só Deus conhece. 
  • Tanto Francisco de Sales como Dom Bosco fazem da vida quotidiana uma expressão do amor de Deus, que é recebido e também correspondido. Os nossos santos quiseram aproximar a relação com Deus à vida e a vida à relação com Deus. Trata-se da proposta da «santidade da porta ao lado» ou da «classe média da santidade» de que o Papa Francisco fala com tanto carinho. «Gosto de ver a santidade no povo paciente de Deus: nos pais que criam os seus filhos com tanto amor, nos homens e mulheres que trabalham a fim de trazer o pão para casa, nos doentes, nas consagradas idosas que continuam a sorrir. Nesta constância de continuar a caminhar dia após dia, vejo a santidade da Igreja militante. Esta é muitas vezes a santidade «ao pé da porta», daqueles que vivem perto de nós e são um reflexo da presença de Deus, ou – por outras palavras – da «classe média da santidade». 
  • Deus não nos ama porque somos bons, mas porque Ele é bom. 
  • A realização da vontade de Deus não se dá com sentimentos de «indignidade», mas com a esperança na misericórdia e na bondade de Deus. Este é o otimismo salesiano.
  • Francisco de Sales responde ao amor de Deus com o amor.
  • Amar-te-ei, meu Senhor, pelo menos nesta vida, se não me for dado amar-te na vida eterna; pelo menos amar-te-ei aqui, ó Deus, e sempre esperarei na tua misericórdia. 
  • A crise de Francisco de Sales revelou a parte mais profunda do seu ser: um coração apaixonado por Deus.
  • A convicção de que o amor de Deus não se baseia em sentir-se bem, mas em fazer a vontade de Deus Pai, está no centro da espiritualidade de Francisco de Sales e deve ser modelo para toda a família de Dom Bosco. 
  • Fazer um caminho das consolações de Deus ao Deus das consolações, do entusiasmo ao amor verdadeiro. 
  • Passar do apaixonar-se ao verdadeiro amor pelos outros. 
  • Fazer tudo por amor, nada por temor, porque é a misericórdia de Deus e não os nossos méritos que nos leva a amar. 
  • Santo Agostinho dizia que «o nosso coração está inquieto enquanto não repousar em ti». Seguindo o pensamento de Francisco de Sales, poderíamos dizer com von Balthasar: «o teu coração [ó Deus] está inquieto enquanto não repousarmos em ti, e tempo e eternidade se lançarem um no outro». 
  • Dom Bosco quer que o amor a Cristo nos conduza ao amor aos jovens, caraterística salesiana da nossa vida e desafio permanente para a Família de Dom Bosco hoje e sempre. 
  • A sua vida de oração é a sua história pessoal do amor a Deus. 
  • Para Francisco de Sales, a oração como comunicação com Deus é o coração do homem que fala ao coração do Senhor. É a forma de oração da espiritualidade encarnada.
  • A oração permite-nos encontrar-nos com este coração de Deus e conformar o nosso coração ao d’Ele. 
  • A caridade é a medida da nossa oração, porque o nosso amor a Deus manifesta-se no amor ao próximo. 
  • Esta é a «oração da vida»: realizar todas as nossas atividades no amor e por amor de Deus, de tal forma que toda a nossa vida se torne uma oração contínua. 
  • Convém encontrar momentos para se retirar no próprio coração, longe da agitação e do ativismo, e conversar de coração a coração com Deus. 
  • N’Ela [Maria) vemos o que Deus está disposto a fazer com o seu amor, quando encontra corações disponíveis como os de Maria. Esvaziando-se, recebe a plenitude de Deus. Estando à disposição de Deus, Ele é capaz de realizar grandes coisas n’Ela.  

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