O céu do Vaticano respirava esperança. A multidão, ansiosa, olhava para a varanda central da Basílica de São Pedro, onde a história e a fé se entrelaçam há séculos. Quando o nome Leão XIV ecoou sobre a Praça, a Igreja soube que um novo pastor tinha sido escolhido. O Cardeal Robert Francis Prevost foi o homem chamado a carregar a luz do Ministério Petrino.
O dia começou cedo para todos quantos quiseram estar presentes num dia que se revelou histórico. Com a manhã marcada por mais duas votações dentro da Capela Sistina, os 133 Cardeais eleitores não chegaram, contudo, a uma decisão. Ao final da manhã, o fumo voltou a sair preto, escurecendo os céus, e o desânimo instalou-se na Praça de São Pedro…
Para a tarde estavam marcadas mais duas votações. A meio da tarde, os rostos iluminaram-se, com o fumo branco que indicava que a Igreja ia, em breve, conhecer o seu novo pastor.
As palmas surgiram, os sinos tocaram e a chaminé, outrora protagonista, perdeu o encanto. A varanda central da Basílica de São Pedro era, então, o local por onde todos queriam ver surgir o novo Papa.
O anúncio esperado
Perante a multidão que, entretanto, se juntou na Praça de São Pedro, a janela da varanda abriu-se e, o Cardeal protodiácono – o mais antigo cardeal da ordem dos diáconos -, proclamou “Habemus Papam!”. Anunciado, em latim, o nome Robert Francis Prevost passou a fazer parte da história.
Leão XIV: um farol para todos
Leão XIV, nome pelo qual o novo Papa quer ser chamado, é um missionário por vocação, e traz na bagagem o coração de um servo e o vigor de um líder. Filho espiritual de Santo Agostinho, a sua trajetória até o Dicastério para os Bispos já o destacava como alguém sereno e com discernimento. Agora, esse homem simples e de profunda proximidade pastoral tornou-se o 267º sucessor de São Pedro, herdeiro de uma missão divina e humana: conduzir a Igreja por entre os desafios do nosso tempo.
A eleição de um Papa não é apenas um ato de tradição, mas, sim, um momento de renovação para milhões de corações. É um sinal de que a Igreja, na sua peregrinação pelo tempo, está viva, atenta e disposta a ouvir o clamor do mundo. Leão XIV assume este papel num momento crítico, onde a unidade, a paz e a esperança são mais necessárias do que nunca.
Da varanda, com um sorriso contido e gestos tranquilos, apresentou-se como “um servo dos servos de Deus”. As palavras foram poucas, mas carregadas de significado. Nos seus olhos, parecia haver um convite: “Caminhem comigo”.
O Papa Leão XIV traz consigo o desafio de ser um farol, não apenas para os católicos, mas para todos aqueles que buscam sentido em tempos de incerteza. A ele, caberá carregar o Evangelho com coragem, proteger os mais vulneráveis e construir pontes onde, agora, há abismos.
Gratidão, expectativa e fé
O fumo branco, que, ontem, fez o mundo saltar de alegria, já se dissipou, mas o espírito daquele momento permanece: uma mistura de gratidão, expectativa e fé. O nome Leão, evoca a força, e o número XIV, que insere este Papa na continuidade de uma história milenar, soa como um lembrete de que o verdadeiro poder reside no serviço e a verdadeira força na humildade.
Oremos pelo Papa Leão XIV, para que ele seja, não apenas um líder, mas, também, um sinal vivo da presença de Deus no mundo. Que os seus passos nos guiem para um tempo de paz, unidade e esperança.






