Educar, proteger e amar

No mundo em que vivemos, apesar de todos os direitos conquistados, muitas crianças, especialmente em contextos de pobreza, conflito e discriminação, continuam a ser privadas dos seus direitos
Cada criança é portadora de uma dignidade única e de um valor inestimável, independentemente da sua origem, cultura ou condição, por isso, continuar a lutar por uma infância mais justa e feliz é uma necessidade.

O Dia Internacional dos Direitos das Crianças recorda a adoção, pela Assembleia Geral das Nações Unidas, da Declaração dos Direitos da Criança, em 1959, e da Convenção sobre os Direitos da Criança, em 1989. Estes são dois documentos fundamentais que garantem às crianças o direito à vida, à saúde e a um padrão de vida digno que assegure a sua sobrevivência, assim como o direito ao desenvolvimento integral, através da educação, do lazer, da cultura e da liberdade espiritual. Contudo, apesar destes direitos estarem consagrados, persistem inúmeras transgressões.
De acordo com a Unicef, cerca de seis milhões de crianças poderão estar fora da escola até o final de 2026 e, segundo a mesma fonte, mais de 330 milhões de crianças, em todo o mundo, vivem, atualmente, em situação de pobreza extrema. Em Portugal, a realidade também exige atenção constante, já que quase uma em cada cinco crianças vive em situação de pobreza.
Perante estes números, celebrar o Dia Internacional dos Direitos das Crianças é um apelo à ação, para que cada pessoa seja instrumento de mudança na vida de tantas crianças e jovens.
A proteção dos direitos das crianças é um compromisso urgente e inadiável. Garantir estes direitos é garantir o respeito pela vida, pela saúde, pela educação, pilares essenciais para um futuro mais justo e humano. O trabalho desenvolvido pelos Salesianos, tanto a nível global quanto em Portugal, é um testemunho forte deste compromisso, incidindo, não apenas na defesa destes direitos, mas principalmente na promoção de um ambiente onde as crianças possam crescer protegidas e desafiadas a serem protagonistas das suas vidas.
Os Salesianos reforçam, através dos seus projetos educativos, sociais e comunitários a importância de uma infância feliz e segura, que gera esperança e permite a transformação social.

Salesianos no mundo: presença viva

Os Salesianos têm uma presença ativa em mais de 130 países, dedicando-se a acolher, educar e defender os mais pequenos, sobretudo em contextos mais vulneráveis. A ação dos Salesianos incide, principalmente, sobre crianças e jovens em situação de exclusão social, pobreza, trabalho infantil, abandono escolar e risco de violência, e tem como objetivo a criação de espaços seguros, tais como escolas, centros juvenis, lares de acolhimento e projetos de formação profissional. A educação integral, inspirada no método preventivo de Dom Bosco – o fundador -, promove não só o acesso ao ensino, mas também o desenvolvimento humano, espiritual, cultural e social, incentivando a autonomia e o protagonismo juvenil.

Salesianos em Portugal: proteção e educação de qualidade

Em Portugal, os Salesianos mantêm vivo o carisma de Dom Bosco, através de uma vasta rede de presenças educativas e sociais. Projetos como o Serviço SolSal – Solidariedade Salesiana oferecem acompanhamento individual, apoio psicossocial, reforço escolar, atividades lúdicas e ações de promoção dos direitos das crianças, envolvendo as famílias e a comunidade no cuidado e proteção de quem mais precisa.
As escolas salesianas, com um ensino de qualidade que vai para além da simples transmissão de saberes, promovem o desenvolvimento integral dos alunos, cultivando não só as competências as académicas, mas também os valores humanos, sociais e espirituais, fundamentais para formar “bons cristão e honestos cidadãos”.
Sem a proteção dos direitos das crianças, o caminho para uma sociedade mais fraterna e solidária torna-se, realmente, inalcançável.

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