Crónica do Pe. Marcelino

“Minutos de glória”, a crónica do Pe. Marcelino no Jornal da Madeira

O sacerdote dos Salesianos do Funchal escreve quinzenalmente uma crónica sobre o Sport Lisboa e Benfica no Jornal da Madeira. A crónica “É ter na alma a chama imensa” analisa brevemente os jogos da semana do clube de Lisboa.

Na última semana, o salesiano escreveu a crónica “Minutos de glória”.

«O jogo ficou marcado por minutos que fazem a diferença. No curto espaço de cinco minutos, o SLB resolveu o jogo. Ao minuto 55, de trivela, Rafa Silva abriu o marcador e, nos dois minutos seguintes, o endiabrado Neres fez o 2-0 depois de uma impressionante cavalgada e ainda com tempo e arte para tirar da frente o guarda-redes japonês. Mais dois minutos e Di Maria “matou” o jogo com a obtenção do terceiro golo. Houve ainda tempo para fixar o resultado final em 4-0, quando o meu pensamento (e de tantos benfiquistas) já estava em Vila do Conde. O resultado talvez não mostre as dificuldades que sentimos para levar de vencida a bem organizada equipa de Portimão. Às vezes é assim.

Os minutos (os primeiros 45) passam, as coisas não parecem fáceis e, de repente, tudo muda. É assim no futebol e na vida. Os jogos do fim de semana ficaram também marcados pelo minuto de silêncio em homenagem a Artur Jorge, num digno registo por um homem que deu tanto ao serviço da seleção e dos clubes por onde passou dentro e fora do País.

Arrepiantes foram os minutos 4 e 87 para os fervorosos adeptos do glorioso. Ao minuto 4 associaram-se a António Silva que recentemente perdeu o avô materno. No minuto 87 foi a vez de João Neves sentir o carinho dos mais de 50.000 pela morte da sua mãe. A nação benfiquista (e não só) está rendida à raça deste pequeno-grande jogador e tem ainda na memória as lágrimas derramadas no fim do jogo de Toulouse. Inesquecível e comovente esse momento.

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Minutos de glória viveu também o campeão do mundo de 50 e 100 metros mariposa quando “mergulhou” no estádio e sentiu o aplauso do público.

A vida já me ensinou que é preciso viver em plenitude o tempo presente que nos é oferecido. O (tempo) de ontem já foi. O de amanhã só Deus sabe se virá. É aqui e agora que sou chamado a (con)viver com o tempo que me é generosamente oferecido. Este é o meu (nosso) tempo de glória na arte de fazer (o) bem».

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