Durante o mês de janeiro, a Arquidiocese de Évora acolheu os símbolos da Jornada Mundial da Juventude, em peregrinação pelas dioceses portuguesas até agosto de 2023.
Quando a decisão é Peregrinar, então sabes que o caminho tem início, mas verdadeiramente, não saberás quando acaba.
No início era o Verbo e o Verbo estava em nós. Os primeiros passos, com a Cruz Peregrina aos ombros e Maria Salus Populi Romani nos braços, foram o início de uma grande aventura de Peregrinar até Lisboa 2023, e, queira Deus, muito para lá desse encontro, nos encontros de todos os dias e em todos os dias das nossas vidas em construção.
A Arquidiocese de Évora, no mês de janeiro, viveu de maneira muito bonita esta bênção, esta oportunidade única nas nossas vidas de acolher Cristo Vivo numa manifestação constante de alegria, de energia juvenil, de partilha, de fé e de testemunho.
Os símbolos da Jornada Mundial da Juventude desassossegam muita gente que vive, mas também muita gente que estava parada a ver a vida passar por si.
Em todas as terras, por todas as paróquias, em cada um dos corações visitados, colocados perante uma cruz vazia ou um regaço de Maria Mãe que acolhe. Jesus está vivo. Em todos os momentos, em todas as celebrações, por todas as ruas percorridas, Jesus vive. Em todas as chegadas e nas despedidas mais sentidas, a passagem dos símbolos é a passagem do amor, um toque de luz terna e suave e uma visão do céu na terra.
Somos muitos a caminho e temos ainda tanto para viver nesse caminhar partilhado. O interesse de viver a presença dos símbolos em Évora, o interesse de caminhar para Lisboa e para junto do Papa Francisco, não é a conquista da chegada, é muito mais do que isso. Ser símbolo de Cristo Vivo, ser símbolo junto dos outros, é ter no caminho a certeza de que é possível sempre trazer mais alguém. A transformação faz-se a caminho, não apenas na chegada. Jesus está no caminho, não apenas na chegada. Francisco espera por nós mas é Jesus que nos leva pela mão.
Os símbolos da JMJ, por serem sinal de Cristo, são também sinal de partilha entre as dioceses de Portugal. Todos estamos mais próximos, mais juntos, somos mais e queremos mais para que Portugal se torne o cais que vê chegar tantos, que de tantas partes do mundo, anseiam por validar as suas vidas em Jesus. Que ninguém fique esquecido e que ninguém deixe de ouvir, à passagem dos símbolos, a oportunidade de fazer encontro com Cristo, a oportunidade de mudar a sua vida pelo olhar, pelo toque, pela palavra partilhada e amadurecida no coração. Por aqui, afinal de contas, continuamos a caminho…
