Chiara-Maria Kollmeder: “Estou ansiosa por ajudar o maior número possível de participantes a virem à JMJ de Lisboa”

Chiara-Maria Kollmeder tem 18 anos e é natural de Munique. É voluntária de longa duração da JMJ Lisboa 2023. Terminou este ano o liceu, já fez voluntariado noutros eventos da Igreja e veio da Alemanha para ajudar a preparar a jornada do próximo ano.

Começamos o novo ano com uma série de entrevistas com jovens estrangeiros que estão a preparar a Jornada Mundial da Juventude de Lisboa 2023. Fale-nos um pouco de si.

Tenho 18 anos de idade, sou de Munique, cresci numa família católica e tenho quatro irmãos e uma irmã. Desde criança viajei muito com o meu pai e conheci diferentes culturas e pessoas. Mais tarde cheguei ao meu atual grupo de jovens católicos, Youth 2000 (Juventude 2000), onde ajudei a organizar festivais de oração, Eucaristias, adorações e outros eventos para jovens. Acabei o liceu em maio do ano passado. Também trabalhei durante os últimos dois anos numa organização para mulheres grávidas em conflitos de gravidez, o que já me deu alguma experiência no mundo do trabalho.

Veio de Munique para Lisboa para durante praticamente um ano trabalhar na preparação da JMJ. Como foi essa decisão?

Senti uma grande necessidade de espalhar a fé especialmente entre os jovens cristãos e de sair da minha zona de conforto para chegar aos jovens de todo o mundo. Experimentei no meu próprio grupo juvenil quantas alegrias são dadas quando se trabalha para o Reino de Deus. Esta ideia tomou forma quando falei com o responsável do meu grupo de jovens e surgiu esta hipótese de vir para Lisboa ajudar nos preparativos da JMJ.

Quais são os seus hobbies que podem animar o ambiente juvenil da JMJ?

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A minha maior paixão é a música. Adoro fazer música em conjunto com outros, especialmente de adoração. Já cantava na banda e tocava guitarra e violino no meu grupo de jovens católicos em Munique. É muito gratificante ver pessoas de diferentes nações e grupos etários felizes e juntas. Também penso que é importante expressar essa alegria através do meu segundo passatempo, dançar.
São ambas qualidades que Deus me deu e que devo partilhar para sua maior glória.

Um estudo recente sobre a juventude na Alemanha volta a dizer que os jovens alemães estão muito alheados da religião e dos movimentos cristãos. Por isso é, de certa forma, surpreendente ver uma jovem alemã dedicada a este tipo de voluntariado. Que perceção tem da realidade juvenil do seu país?

Há alguns anos também pensei para comigo que a Igreja alemã já não tinha crentes jovens. Mas felizmente, pude experimentar o contrário. Que há muitos jovens cristãos que estão em chamas por Deus e também que há um grande anseio e interesse na jovem geração por Jesus.

Falta meio ano para a realização da JMJ. Como estão a decorrer estes meses de preparação?

Neste momento, é relativamente tranquilo, mas como já me foi assegurado, o trabalho irá aumentar nos próximos tempos. Especialmente nas últimas semanas antes da Jornada propriamente dita. Mas estou realmente ansiosa por ajudar o maior número possível de participantes a virem à JMJ de Lisboa. Confio que Deus providenciará tudo.

Pela sua idade esta é provavelmente a primeira JMJ em que participa. Que experiência espera guardar depois de agosto?

É verdade que ainda sou muito jovem, mas já estive em três JMJ. Não consigo lembrar-me de todas em pormenor porque era realmente pequena. Desta JMJ espero guardar grandes momentos com novos amigos, momentos profundos de fé e muita alegria e energia para levar a fé ao mundo, mesmo depois da JMJ.

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Como vê Portugal e os portugueses?

Apaixonei-me por Portugal, bem como pela hospitalidade e calor humano do povo português. Viver aqui durante mais de 10 meses ainda me parece um sonho maravilhoso e é um dos melhores momentos da minha vida. Poderia até imaginar estudar em Lisboa, no futuro. Tenho que agradecer a todos os que me acolheram tão calorosamente e cuidaram tão bem de mim!

Fotografias: João Ramalho

Publicado no Boletim Salesiano n.º 596 de janeiro/fevereiro de 2023

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