Simão Srugi

Simão Srugi

Venerável

Simão Srugi nasceu, em Nazaré, a 27 de abril de 1877. Com apenas três anos, ficou órfão de pai e mãe e foi acolhido pela avó materna. De excecional bondade, Simão cultivou, diariamente, o amor e o cuidado pelo próximo, numa busca constante pela caridade de Cristo.

Biografia

Com uma infância passada em Nazaré, e sobre a qual não existe muita informação, Simão Srugi é descrito como alguém calmo, reservado, submisso e completamente impregnado do pensamento de Deus.

Em 1888 entrou para o orfanato católico do padre Belloni. Por conselho do Papa, e uma vez que tinha tanta afinidade com Dom Bosco, tornou-se salesiano, em 1891, confiando as suas obras à Congregação. Simão gostou tanto de ali estar que, aos 16 anos, pediu para ser salesiano. Foi enviado para o Oratório-Escola Agrícola de Beit Gemal, onde completou os estudos e fez o noviciado como salesiano coadjutor.

Durante 50 anos trabalha, incansavelmente, desenvolve muitas atividades, todas elas com muito amor. Torna-se o mestre-escola de muitos pequenos muçulmanos, que lhe chamam “Mu’allem Srugi”. Faz de moleiro, e os camponeses de toda a zona levam-lhe o grão para moer; dirige todo o movimento com justiça e serenidade. Mas, o verdadeiro campo onde pôde desenvolver o apostolado da caridade foi na farmácia. Embora não possuísse qualquer diploma, muitos testemunhos puderam afirmar que “os doentes tinham mais confiança nele do que em todos os doutores”. Na base de tanta estima e confiança estava, sem dúvida, a sua bondade que a todos tocava.

Todos sentem que Srugi está de facto em comunicação com Deus. Alimenta-se da Eucaristia e do Evangelho. O tempo livre passa-o diante do Santíssimo.

Em 1939, quando rebentou a Segunda Guerra Mundial, os ingleses prenderam todos os irmão italianos e entre eles está Simão Srugi, mesmo sendo árabe. Simão já se encontrava doente há alguns dias, com febre alta provocada pela malária, mas mesmo assim continuava calmo e sereno, a cumprir a vontade de Deus.

Ao regressar a Beitgamel, a sua saúde piorou e, em 1941, teve se ser internado em Belém. Ao regressar não conseguiu retomar o seu trabalho, mas a sua presença continuou a ser um testemunho impressionante. Praticamente sem força, continuou a frequentar a igreja e a passar horas em frente ao Santíssimo.

Morreu, a 27 de novembro de 1943, depois de ter recebido a Unção do Doentes.

Datas

  • Nasceu a 27 de abril de 1877
  • Faleceu a 27 de novembro de 1943
  • Venerável a 2 de abril de 1993