Ser voluntário na Igreja: é dar a vida à tentativa de ser espelho de Jesus.
Acreditamos que, por meio da nossa ação, Nosso Senhor se faz presente em cada gesto e em cada decisão. De escutar, de ensinar, de construir pelo outro…
A recompensa deste serviço não é deste mundo mas do céu: ” O Pai que vê o oculto, te recompensará” (Mt 6)
Esta entrega traz, então, diversos desafios. Apela ao nosso desconforto e à nossa coragem, muitas vezes de irmos onde não queremos, quando não convém. Chama-nos, acima de tudo, a criar relação com um compromisso verdadeiramente Cristão, característico daquele que é o primeiro a chegar e o último a sair.
Tudo isto é de uma beleza muito grande, que toca a vocação de cada um, à maneira individual e bela que cada um tem de dar a vida pelo outro.
Recentemente iniciámos um projeto na Quinta do Loureiro que se concretiza através da visita bissemanal aos jovens do bairro. O projeto tem, no seu sentido mais profundo, o intuito de nos encontrarmos com estas pessoas e de podermos, pelo menos nesta fase inicial, abrir os horizontes daqueles cuja paz, a vida e o propósito podem muitas vezes estar em falta. O que acompanha este projeto é sempre um sentido muito grande de missão , isto é de nos sabermos enviados por alguém concreto e para algo concreto. Assim como a força do amor, de valer a pena dar a vida pelo outro, e de sabermos isso. Estas duas coisas incitam-nos, não só a permanecer no bairro, por amor aos jovens e às pessoas que lá vivem, como a querer algo mais para além de “passar o tempo”: somos enviados com uma missão concreta de chamar para a luz, para a verdade, para a sede de mais aqueles que não o sabem.
Sendo assim, não é só apenas belo, o nosso compromisso de voluntariado, mas extraordinariamente impactante e concreto na vida de muitos que O Senhor escolhe tocar por meio da nossa ação: como tocou a filha de Jairo, como tocou o jovem de Naim, como toca cada uma das pessoas que moram neste lugar.
