Entrevista à docente de Educação Moral e Religiosa Católica dos Salesianos de Lisboa Mónica Henriques sobre o Capítulo Geral 29 para o Boletim Salesiano.
É professora nos Salesianos de Lisboa e trabalha na área da Pastoral. O Capítulo Geral 29 foi assunto de conversa entre professores ou entre alunos, dentro ou fora das aulas?
O CG29 foi tema de conversa sobretudo entre professores que acompanham mais de perto a missão salesiana. Entre os alunos o tema surgiu mais pontualmente nas aulas de EMRC. Na verdade, muitos dos nossos alunos tinham bastante familiaridade com o antigo Reitor-Mor e agora Cardeal Ángel Fernández Artime, pelo que havia uma enorme expetativa quanto ao seu sucessor que é presença viva do pai Dom Bosco entre nós.
Os alunos e os colegas professores têm noção da extensão da Família Salesiana no mundo? Em 135 países?
De uma maneira geral, acredito que tanto os alunos como muitos colegas professores têm presente a dimensão da Família Salesiana no mundo. Ainda assim, quando mencionamos que estamos presentes em 135 países quase sempre há uma reação de “Uau! Somos mesmo muitos!”
Nem sempre é fácil encontrar espaço para reforçar esta dimensão global, ajudando a criar um maior sentido de pertença a algo muito maior – uma verdadeira rede educativa e evangelizadora ao estilo de Dom Bosco, que chega a jovens dos quatro cantos do mundo.
Fizemos e fazemos parte dos sonhos de Dom Bosco e acredito profundamente que a todos nos viu, escolheu e acompanha.
“Apaixonados por Jesus Cristo, Dedicados aos jovens”. Na escola, como é que isto se traduz em ações concretas?
Antes de mais, na forma como colocamos os alunos no centro de tudo o que fazemos. Procuramos criar um ambiente de acolhimento, alegria e confiança, onde cada jovem seja amado, se sinta amado e saiba que é amado!
Os leigos foram considerados, pelo CG29, uma força viva de evangelização nas obras salesianas. Quer dar alguns exemplos da sua escola?
Estamos em processo sinodal, a caminho. Claro que na esmagadora maioria somos leigos e leigas, claro que uns se identificam mais que outros, claro que ainda há grande caminho a percorrer. Urge continuar a investir em espaços de diálogo que fortaleçam esta comunhão.
Publicado no Boletim Salesiano n.º 610 de julho/agosto de 2025
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