“Hic est domus mea, inde gloria mea”

Editorial do Boletim Salesiano n.º 609 de maio/junho de 2025.

Maria é mulher de esperança na primavera do tempo que vivemos. Abre-se, com confiança, à vontade de Deus, à promessa do Messias: o seu “faça-se” é esperança! No seu “sim” desabrocha uma humanidade nova: Cristo Jesus, feito Homem, sendo Deus. Conheceu e amou Jesus como ninguém. E, como Mãe da humanidade – próxima, acolhedora, simplesmente Mãe – é Auxiliadora: apoia nos momentos de escuridão, de dificuldade, de desconforto, de aparente ou de verdadeira derrota. Desde cedo, João Bosco é acompanhado e inspirado por esta “Senhora do sonho”, a Mestra oferecida por Jesus, a Guia segura que conduz toda a vida de João até à conclusão certa, no final dos seus dias, de que “foi Ela quem tudo fez!”. A Mãe Auxiliadora, em todas as dificuldades, em todos os desafios, em todas as metas!

“Esta é a minha casa, daqui sairá a minha glória”: expressão que inspira, em sonhos, D. Bosco para que construa a Basílica de Maria Auxiliadora de Turim. O empreendimento, impossível de poder ser imaginado em 1845, é hoje a “casa de Maria Auxiliadora” de onde sai uma devoção imensa à Mãe do Céu, inspiradora de tantas ações continuadas na vida e na missão dos filhos e filhas de D. Bosco em todo o mundo. É por isso, casa nossa também! Uma casa que acolhe, uma casa que envia. Daqui todos os anos, os missionários são enviados a novas missões. Milhares de peregrinos encontram, neste lugar, um espaço seu, uma casa.

Ao entrar, contemplamos imediatamente o quadro de Maria Auxiliadora do Altar Mor (de beleza, afago e ternura!), que é do pintor Lorenzone, mas que foi inspirado por D. Bosco: “A Virgem está num mar de luz e majestade. Está rodeada por uma multidão de anjos, que lhe prestam homenagem como sua Rainha. Com a mão direita segura o cetro que simboliza o seu poder, com a mão esquerda segura o Menino de braços abertos, oferecendo assim as suas graças e a sua misericórdia àqueles que recorrem à sua augusta Mãe”. A 9 de junho de 1868 a Basílica foi solenemente consagrada, erguendo-se esbelta e nobre sobre a cidade para o mundo. Daqui saiu e continua a sair toda a devoção e glória. Nesta sua casa, encontramos espaço e tempo, oração e devoção, entrega e missão. Vivamos este mês a Maria consagrado, com a certeza e a confiança de que “nunca se ouviu dizer que algum daqueles que tenha recorrido à sua proteção, implorado a sua assistência e reclamado o seu socorro, fosse por Ela desamparado”. É assim Maria para nós! Maria Auxiliadora dos Cristãos, rogai por nós!

Publicado no Boletim Salesiano n.º 609 de maio/junho de 2025

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