Oreste Marengo

Oreste Marengo

Servo de Deus

Oreste Marengo nasceu a 29 de agosto de 1906, em Diano D’Alba (Itália). Depois de ter frequentado a escola primária das Filhas de Maria Auxiliadora, foi aluno na casa mãe dos Salesianos, em Turim, durante o Secundário.

Conheceu algumas importantes figuras que marcaram, para sempre, a história dos Salesianos, nomeadamente, os padres Álbera, Rinaldi, Ricaldone e Francésia, que deixaram uma marca indelével na vida deste jovem aspirante.

Biografia

Depois de ter feito o Ensino Secundário na escola mãe dos Salesianos, em Turim, Oreste Marengo pediu para partir para as missões, contudo, o seu pedido não foi aceite por ser ainda muito novo. Em 1923, iniciou o seu ano de noviciado em Foglizzo, e nesse mesmo ano, por morte de um clérigo destinado às missões da Índia, Oreste obteve a autorização para o ir substituir. Assim, teve a honra e o privilégio de poder participar na Expedição Missionária de 1923, tinha apenas 17 anos.

Passou os anos de formação em Shillong, na Índia Nordeste, centro da missão salesiana, na escola de Dom Luís Mathias, tendo terminado o noviciado sob orientação do Servo de Deus, padre Estêvão Ferrando.

Depois de ter terminado o curso de Filosofia, foi tirocinante no Dom Bosco de Guwahati, capital de Assam e centro de expansão missionária. Em 1929, regressou a Shillong para o curso de Teologia tendo alternado as horas de estudo com a docência na Escola Superior Saint Anthony e ainda como ajudante do pároco Servo de Deus padre Constantino Vendrame.

Ordenado sacerdote a 3 de abril de 1932, foi enviado como missionário itinerante para o vale de Brahamaputra, como ajudante do padre Vicente Scuderi.

Foi assim que teve início o momento da sua vida em que percorreu milhares e milhares de quilómetros, a pé, por caminhos impraticáveis, para dar a conhecer a palavra de Deus.

Prostrado pela malária e pela fadiga, e com o intuito de o protegerem, os seus superiores nomearam-no, primeiro, mestre de noviços em Bandel e, depois, diretor do estudantado em Sonada.

Já recuperado, retomou a atividade missionária itinerante, em 1936, tendo enfrentado diversos perigos e dificuldades, sempre sorridente e disponível.

Viviam naquela região cerca de 100 tribos diferentes, cada uma com a sua língua própria e os seus costumes. De modo a ser bem acolhido, o padre Marengo inseriu-se, plenamente, nos hábitos e costumes das tribos: dormia pelas terras, partilhava a comida, converteu-se em médico e enfermeiro improvisado, distribuindo medicamentos e ajudas de todo o tipo.

Para se inserir nas várias culturas, aprendeu as línguas locais, falando corretamente não menos de 15 línguas das diferentes tribos com as quais tinha de contactar.

Depois de regressar de uma longa viagem de atividades apostólicas, em julho de 1951, foi surpreendido com a sua nomeação para bispo da nova diocese de Dibrugarh. Sem concordar com a nomeação, ainda tentou inverter o rumo que tudo estava a tomar, mas o Reitor-Mor dos Salesianos, o padre Ricaldone, dirigiu-lhe uma carta com este pedido e o padre Marengo não pôde recusar. Foi consagrado bispo na Basílica de Maria Auxiliadora, em Turim, a 27 de dezembro de 1951.

A diocese que lhe foi confiada tinha uma extensão de 130 mil quilómetros quadrados e 1.500 mil habitantes, sendo que, apenas, 48 mil eram cristãos. Existiam apenas cinco centros missionários. Numa incansável tentativa de multiplicação dos centros residenciais, o padre Marengo formou catequistas, construiu escolas, capelas e dispensários, abordou novas tribos, abriu aspirantados para recrutar vocações indígenas para o seminário e para as congregações religiosas que tinham sido chamadas a trabalhar naquela diocese.

Resultado do seu esforço, as conversões multiplicam-se como num novo Pentecostes.

A diocese estava, agora, em pleno desenvolvimento, contudo, uma nova obediência leva D. Oreste Marengo para Tezpur, para abrir uma nova diocese que incluía parte de Assam, todo o estado de Bhutan e a parte das colinas a nordeste do Brahamaputra. D. Marengo lançou-se ao novo campo de trabalho com o mesmo entusiamo de sempre. Coadjuvado pelos seus irmãos, superou obstáculos e dificuldades de todo o tipo. Devido à crescente hostilidade contra os estrangeiros, a Santa Sé decidiu, ao fim de oito anos de intenso trabalho, confiar esta diocese a um bispo italiano.

Em 1972, D. Marengo é convidado a dar início à sua terceira diocese em Tura, um enorme território, habitado, na sua maioria, pela tribo dos Garo. Construiu a sede episcopal, a catedral, novas residências, tendo também multiplicado as obras caritativas para os pobres, leprosos e refugiados. Depois de poucos anos e também esta diocese conheceu um inesperado desenvolvimento, de tal forma que, em 1978, pôde ser confiada a um bispo do clero local. Mesmo depois da insistência do novo bispo para que ficasse. D. Marengo decidiu partir para Mendal.

Oreste Marengo continuou disponível para várias missões até ao fim da sua vida. Morreu a 30 de julho de 1998, em Tura.

Datas

  • Nasceu a 29 de agosto de 1906
  • Faleceu a 30 de julho de 1998
  • Abertura do Processo Diocesano a 12 de abril de 2007
  • Encerramento do Processo Diocesano a 16 de fevereiro de 2013