Jubileu dos Migrantes

No âmbito da celebração do Jubileu dos Migrantes, que terá lugar em Roma nos dias 4 e 5 de outubro, somos convidados a refletir sobre o percurso e os desafios daqueles que deixam a sua terra natal em busca de uma vida nova, de trabalho e de esperança. Migrar é sempre um acto de coragem e fé, uma resposta a um chamamento que muitas vezes traz consigo incertezas e saudade.

Neste espírito, partilhamos o testemunho de Marcos Pereira e Cristina Valeriano, que falam sobre a sua experiência de fé, da saída da zona de conforto e do encontro com Deus mesmo longe de casa. O “lugar certo” para eles não se resume a um espaço físico, mas é onde reconhecem a presença de Deus e sentem o acolhimento da comunidade.

Que este testemunho inspire cada migrante a manter viva a esperança e a confiança no Espírito Santo que guia cada passo no caminho da vida.

“A pergunta que passa pela nossa mente é: será que estamos no lugar certo?
Deus tem um plano para nós, Ele nos permitiu atravessar o oceano não foi para ficarmos longe dos nossos pais, familiares e colegas… Foi para nos tirar da zona de conforto e estarmos mais próximos Dele.
Tínhamos um plano de irmos para outra cidade, mas tudo estava dando errado ou ao contrário da vontade perfeita Dele. Então Deus nos guiou e nos conduziu para outro caminho.
Quantas vezes nós queremos fazer a nossa vontade e esquecemos de ouvir a voz de Deus.
Não é fácil e muitas vezes nos questionamos, temos dúvidas, e assim estamos procurando deixar Deus guiar o nosso caminho.
Ao ficarmos em Setúbal, fomos procurar uma igreja, a primeira não tivemos uma experiência muito boa, mas descobrimos a Paróquia São José e já na primeira vez que fomos à missa nos sentimos bem acolhidos. Nossos filhos estão participando de vários eventos e foram bem recebidos.
Que Deus nos dê a graça de servi-lo sempre e também pedimos benção sobre cada um que nos acolheu, que continuem a missão com o amor que vem de Deus e que cada migrante possa ser consolado pelo Espírito Santo, que mesmo diante das dificuldades, da saudade, possamos ficar firmes na fé e na esperança. O lugar certo não sabemos, mas o importante é que seja na presença de Deus”.

Marcos Pereira e Cristina Valeriano

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