Americano de nascimento, com cidadania peruana, agostiniano e missionário, Leão XIV inaugura pontificado falando de paz.
Robert Francis Prevost, o Papa Leão XIV, nasceu a 14 de setembro de 1955 em Chicago, Illinois, nos Estados Unidos da América.
Passou a infância e juventude nos Estados Unidos. Estudou no Seminário Menor dos Padres Agostinianos e na Universidade de Villanova, na Pensilvânia. Em 1977 entrou no noviciado da Ordem de Santo Agostinho. Fez a primeira profissão em 1978 e em 1981 emitiu os votos perpétuos. Licenciou-se em Teologia na Catholic Theological Union de Chicago. Aos 27 anos, foi enviado pelos seus superiores para Roma para estudar Direito Canónico na Pontifícia Universidade de São Tomás de Aquino.
Foi ordenado sacerdote em 1982 e, três anos depois, quando preparava a tese de doutoramento, foi enviado para a missão agostiniana de Chulucanas, no Peru. Foi Superior da Ordem de Santo Agostinho em dois mandatos seguidos (2001-2013).
Em 2015, o Papa Francisco nomeia-o Bispo de Chiclayo. No ano 2023 é escolhido para Prefeito do Dicastério para os Bispos e promovido a Arcebispo. Ainda nesse ano é feito Cardeal. No dia 8 de maio de 2025 foi eleito 267.º Papa da Igreja Católica.
“A paz esteja convosco”, foram as suas primeiras palavras na varanda da Basílica de São Pedro, “à cidade e ao mundo”. Uma saudação que gostava que chegasse ao coração, “a todos os povos, a toda a terra”. “Esta é a paz de Cristo Ressuscitado, uma paz desarmada e uma paz que desarma, que é humilde e perseverante”, afirmou.
Recordou o seu antecessor e a última saudação que fez à Praça São Pedro. “Ajudai-nos também vós e, depois, ajudai-vos uns aos outros a construir pontes, com o diálogo, o encontro, unindo-nos todos para sermos um só povo sempre em paz”, disse. E agradeceu: “Obrigado, Papa Francisco”.
Falou numa Igreja unida, fiel a Cristo, que procura a paz e a justiça, sem medo, missionária.
Na primeira homilia, na Capela Sistina, defendeu que a Igreja será farol para o mundo “não tanto pela magnificência das suas estruturas e pela grandiosidade dos seus edifícios”, mas “pela santidade dos seus membros”.
«Vós chamastes-me a carregar esta cruz e a ser abençoado com esta missão, e eu sei que posso contar com todos e cada um de vós para caminhardes comigo.»
«Não faltam contextos nos quais Jesus, embora apreciado como homem, é simplesmente reduzido a uma espécie de líder carismático ou super-homem.»
«Um compromisso irrenunciável para quem, na Igreja, exerce um ministério de autoridade: desaparecer para que Cristo permaneça, fazer-se pequeno para que Ele seja conhecido e glorificado.»


Fotografias: Vatican Media
Publicado no Boletim Salesiano n.º 610 de julho/agosto de 2025
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