A irmã Rosetta Marchese dedicou sua vida à formação espiritual e à educação da juventude, vivendo plenamente o seu chamamento à consagração. Religiosa das Filhas de Maria Auxiliadora, destacou-se como professora, formadora e Superiora Geral, sempre sensível às necessidades da Igreja e dos jovens. Mesmo tendo enfrentando a doença, manteve a sua entrega total a Deus e seu compromisso para com a missão salesiana, inspirando a todos com o seu exemplo de santidade, maternidade espiritual e amor incondicional.
Rosetta Marchese soube, como Maria, fazer da sua vida um dom de amor e de maternidade espiritual.
Nasceu em Aosta, a 20 de outubro de 1922, e foi uma oratoriana assídua e ativa, membro da Ação Católica. Com quase 16 anos, a 15 de outubro de 1938, entrou como aspirante na Casa “Madre Mazzarello”, em Turim e a 31 de janeiro de 1939, foi admitida no Postulantado.
Rosetta era uma jovem simples, alegre, de oração e sacrifício. A 6 de agosto, entrou no Noviciado, tendo feito a sua primeira profissão, a 5 de agosto de 1941. Embora tenha pedido para partir em missão, foi enviada para Turim e Vercelli para se preparar para o magistério e ajudar as meninas da escola.
Em 1947 fez a sua Profissão Perpétua e, em 1957, foi para Caltagirone, na Sicília, como diretora, onde permaneceu até 1961. O seu encontro com o Bispo D. Francisco Fasola, Servo de Deus, foi fundamental e ajudou-a a trazer à tona intuições e graças latentes na sua alma. O seu relacionamento com Dom Fasola lançou mais luz sobre o mistério do sacerdócio, tanto que, em 2 de agosto de 1961, a Ir. Rosetta ofereceu-se pela santidade do Bispo e, mais tarde, pela Igreja, pela santidade dos sacerdotes e pelas almas religiosas.
Ao longo de toda a sua vida, a Irmã Rosetta Marchese apoiou muitas outras religiosas, como mestra de vida interior e através do acompanhamento espiritual.
Depois de ter passado por várias casas das Filhas de Maria Auxiliadora, Rosetta Marchese foi eleita, por unanimidade, Madre Geral, no Capítulo Geral XVI, a 17 de outubro de 1975.
A 24 de maio de 1982, uma febre alta foi o primeiro sintoma da doença – uma leucemia grave – que consumia Rosetta Marchese. Nos seus últimos dias, a irmã confidenciou à sua vigária, Madre Maria Pilar Leton, que naquele pequeno quarto, em Mornese, ela havia intuído a sua eleição como Madre Geral e a sua morte pela santidade das irmãs e dos sacerdotes. Madre Rosetta faleceu a 8 de março de 1984, aos 61 anos de idade.
Rosetta Marchese foi uma mulher profundamente mística, autenticamente educadora salesiana, plenamente inserida no contexto sócio eclesial de Itália conciliar e pós-conciliar. A sua vida tornou-se um chamamento ao essencial e imutável nas experiências flutuantes e complexas do seu tempo, de modo especial para a Igreja, para os sacerdotes, para o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora, bem como para os leigos da Família Salesiana.
Madre Rosetta Marchese foi uma salesiana completa, na qual o “Da mihi animas cetera tolle” de Dom Bosco e Madre Mazzarello está completamente enraizado, numa profunda união com Deus.