Nascido na Polónia, a 5 de julho de 1881, no seio de uma família com uma fé forte e um amor filial a Nossa Senhora, Augusto Hlond foi o segundo de onze filhos de Jan e Maria Imiela.
Seguindo o exemplo do irmão, aos 12 anos foi para Itália, para se consagrar ao Senhor, na Sociedade Salesiana. Foi acolhido no Colégio de Lombriasco.
Admitido no noviciado, Augusto Hlond recebeu a veste talar do padre Miguel Rua. Depois de fazer a sua profissão religiosa, os seus superiores enviaram-no para Roma, para a Universidade Gregoriana, para ingressar no curso de Filosofia. Concluiu, então, os seus estudos com um doutoramento. Voltou depois para a Polónia, para fazer as primeiras provas de apostolado salesiano. Fiel ao sistema educativo desenvolvido por Dom Bosco, o seu empenho na assistência e nas aulas, a sua dedicação aos jovens e amabilidade no trato fizeram com que fosse querido por tantos. Augusto Hlond destacou-se também pelo seu talento musical.
Depois de concluir os estudos de Teologia foi ordenado sacerdote, em Cracóvia. Tendo sido, depois, nomeado diretor da casa de Viena, em 1909. Devido às grandes dificuldades por que passava o instituto, o padre Augusto pôde por em prática o seu talento e a sua habilidade pessoal e foi capaz de resolver, rapidamente, a situação económica da casa, bem como de suscitar um tal florescimento de obras juvenis que atraiu a admiração de toda a classe de pessoas. Muito querido pelos bispos e pelos núncios apostólicos, gozava de grande estima por parte das autoridades e da própria família real.
Em 1919, o desenvolvimento da província Austro-húngara aconselhou uma divisão proporcional ao número das casas. Os superiores nomearam o padre Hlond como provincial, confiando-lhe o cuidado dos irmãos alemães e húngaros com sede em Viena. O jovem provincial guiou a província na fundação de dez novas presenças, formando-as segundo o mais genuíno espírito salesiano, suscitando inúmeras vocações.
Em 1922, a Santa Sé foi solicitada para dar assistência religiosa à Silésia Polaca e o Papa Pio XI nomeou Augusto Hlond, Administrador Apostólico. Durante três anos, Monsenhor Hlond soube conduzir tudo com caridade, para grande satisfação quer de polacos quer de alemães. Assim, a Santa Sé criou, em 1925, a nova diocese de Katowice. Anos mais tarde, e depois de ter sido nomeado cardeal, fundou a Sociedade de Cristo Rei, uma Congregação que tinha como objetivo prestar toda a assistência espiritual necessária aos emigrantes da Polónia.
Com a chegada da Segunda Guerra Mundial, o cardeal foi uma das primeiras vítimas do nazismo, tendo mesmo sido obrigado a seguir o Corpo Diplomático e a passar as fronteiras. Esteve em Roma e em França.
No silêncio e na oração, acompanhava as dolorosas vicissitudes dos desastres da Europa, contudo, a policia nazi violou o lugar sagrado onde Hlond se encontrava e deportou-o para Paris, com o intuito de o obrigar a formar um governo polaco fiel ao nazismo. Tendo negado o que lhe fora pedido foi internado, primeiro em Lorena, depois em Westfalia.
Libertado pelas tropas aliadas, foi nomeado arcebispo de Varsóvia.
Morreu a 22 de outubro de 1948, em Varsóvia.
Na história da Igreja da Polónia, o cardeal Augusto Hlond foi uma das figuras mais emblemáticas pelo seu testemunho de vida, bem como pela grandeza, variedade e originalidade no ministério pastoral.