André Majcen

André Majcen

Servo de Deus

André Majcen nasceu, em Maribor, atual Eslovénia, no dia 30 de setembro de 1904, filho de Andrej e Marija Slik. Recebeu uma boa educação cristã e, fascinado com a vida de D. Bosco, decidiu entrar no noviciado salesiano.

Biografia

Desde pequeno, André aprendeu, na família, o amor ao Senhor e a bondade para com o próximo. Gostava de estar com os rapazes e, por isso, decidiu frequentar a escola do magistério em Maribor. Em 1923, começou a dar aulas nas escolas primárias da sua cidade. Ao fim de pouco tempo, transfere-se para a casa salesiana de Radna. O clima espiritual e de família que se respira nos salesianos leva-o a interrogar-se profundamente sobre a sua vocação. Sente-se fascinado pela vida de Dom Bosco e, em 1924, decide dar entrada no noviciado salesiano. De 1925 a 1936 permanece em Rakovnik (Ljubljana), onde faz os estudos de filosofia, realiza o tirocínio prático no meio dos rapazes e faz os estudos de Teologia. Pequenos e grandes estimam-no pela sua mansidão e bondade. É sempre atencioso para com todos, e todos – como acontecia, também, com Dom Bosco – se sentiam amados por ele. Em 1933 foi ordenado sacerdote. Desde aquele momento, aprofunda, cada vez mais, a sua vida espiritual, com persistência e entrega. Depois da meditação diária, escreve sempre algum propósito que, à noite, antes de se deitar, examina cuidadosamente. Deixou-nos cerca de seis mil páginas de diário espiritual, que atestam a sua contínua união com Deus. Era como queria Dom Bosco: contemplativo na ação. Havia poucos anos que tinham sido martirizados os salesianos Luís Versiglia e Calisto Caravario, e o padre André, graças ao seu corajoso exemplo, sente-se chamado à vida missionária. No dia 15 de agosto de 1935, na igreja de Maria Auxiliadora em Rakovnik, recebe o crucifixo, e no outono partiu para a China, onde permaneceu por 16 anos. O padre André conseguiu também aí fazer-se amar, sobretudo graças à sua habitual delicadeza para com o próximo. Escreve: «Quero ser chinês com os chineses, por isso anunciarei o Evangelho nesta língua». Em 1951 foi expulso da China e refugia-se, primeiro, em Hong Kong e, depois, em Macau. Em 1952, não receou recomeçar tudo desde o princípio, aceitando a obediência de ir para o Vietnam. Ali permaneceu até à expulsão, em 1976, por obra do novo regime comunista. Ruma, novamente, a Hong Kong e depois a Taipé (Taiwan), onde permanece por três anos como confessor nas casas religiosas. Em 1979 regressa à Eslovénia. Até à sua morte, é um incansável animador missionário. Escreve imensas cartas aos irmãos em missão, animando-os a continuar o seu precioso serviço. Consegue fazer tantas coisas, porque se sente assistido e sustentado por Maria Auxiliadora. Muitas vezes repete, como Monsenhor Versiglia: «Sem Maria sou um zero absoluto». Centenas de jovens vão confessar-se a ele porque, como Dom Bosco, tinha sempre uma boa palavra e um bom conselho para cada um. Foi um grande salesiano que, como o fundador, encarnou plenamente o mote da congregação: «Da mihi animas, caetera tolle».

Morreu em Rakovnik (Eslovénia), no dia 30 de setembro de 1999, aos 95 anos.

O «NIHIL OBSTAT» DA SANTA SÉ PARA A ABERTURA DO PROCESSO DIOCESANO DATA DE 5 DE NOVEMBRO DE 2008 «Cada um dos santos da família salesiana incarna um aspeto específico do nosso carisma. Com a sua vida tornaram-no mais visível, mais luminoso, mais explícito. Assumiram-no e aprofundaram-no, a ponto de se poderem definir outros tantos “aprofundamentos monográficos” do Fundador». (Pe. Pascual Chávez).

Datas

  • Nasceu a 30 de setembro de 1904
  • Faleceu a 30 de setembro de 1999
  • Abertura do Processo Diocesano a 2010