Renovação e novidade: Há ainda muito tempo para fazer o balanço

Editorial do Boletim Salesiano n.º 560 de Janeiro/Fevereiro de 2017.

Haverá um tempo determinado para o balanço da vida de uma pessoa? Há uma idade mais ou menos adequada para este género de prática? Há um momento em que vale a pena perguntar-se se, e quanto, se estão finalmente a acabar os próprios talentos e capacidades e se porventura estão a chegar as inevitáveis complicações? Por tantos motivos e às vezes depois de uma espécie de balanço sumário, tem-se a sensação de dever mudar ou até parar.

Mas o balanço não se faz apenas no fim das coisas? Se porventura se sentisse a necessidade, a ideia de balanço sugere-me a imagem dos remos arrumados na barca, prontos para um tempo de inatividade: falta de trabalho, descanso ou abandono definitivo da arte da pesca.

Com a renovação da revista Boletim Salesiano (BS) queremos fazer prevalecer o sentido do futuro e a convicção de que a vida da qual o BS se faz portador encerra ainda muitíssima novidade: “com Dom Bosco e com os tempos”. De facto, a equipa com o entusiasmo de sempre, cada vez mais experiente, motivada, profissional, sente o dever de exprimir ainda mais plenamente os próprios talentos, respondendo às novas exigências da informação e comunicação.

Tenho a impressão de que o crescimento pessoal e profissional da equipa vai acontecendo naturalmente e que o exercício profissional na vida quotidiana oferecerá novas oportunidades e formas de realização. O exercício dos próprios talentos vai-se desenvolvendo em ritmo saudável e, na diversidade, a riqueza da equipa. Tudo o que foi dito leva-me a concluir que para balanços, há ainda muito tempo.

A revista BS tem um rosto renovado e a equipa que o apresenta uma alma nova. O compromisso é continuar o sonho de Dom Bosco: chegar a todos quantos, de algum modo, partilham a paixão pela educação e pela pastoral juvenil e o pelo desejo de evangelizar as classes populares.

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Em 2017 impõe-se também uma referência particular a Maria Mãe de Jesus. Desde logo porque Dom Bosco a teve sempre como Mãe e Mestre, depois porque o Centenário das Aparições da Virgem em Fátima é um tema central na religiosidade o Povo Português. 

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